Onde houver a certeza, que eu traga a dúvida!

domingo, novembro 29, 2009

Balanço para um Sagitariano

Sagitário, teu ano foi repleto de altos e baixos, e acontecimentos de grandes repercussões internas...

Primeiramente, teu inferno astral em Escorpião foi deveras precursor de mudanças de contexto em ti. A influência de Escorpião em tua vida te arrebatou em grande desenredo, lhe causando desilusões, desesperanças, e úlceras pela tua alma. A tua incapacidade de lidar com as influências de Escorpião fez inclusive com que perdesse por vezes tuas maiores virtudes: o otimismo, o entusiasmo e a autoconfiança.

Houveram assim grandes conflitos entre as tuas duas metades: a primeira humana e a segunda animal.

Mudanças de ambiente decorrentes disso te trouxeram esperanças e ambições, porém também se converteram em longos momentos de solidão (e conflitos internos), desperdício de oportunidades, e uma cadenciada perda da responsabilidade característica de ti.

Foram períodos de pouca atitude interna de mudança.

Seguindo teu ano, tu estabelece morada na tua décima segunda casa: Áries.
Mesmo que por momentos a impressão fosse do contrário, a verdade é que a morada em Áries acabou tendo a ti grande importância, lhe proporcionando conforto por vezes (da maneira ariana), te encaminhando em novas amizades, e te situando com confiança nesse ponto do espaço em que te encontra, devido principalmente a identificação de sentimentos com este signo.

Já Touro (que também é teu ascendente) te trouxe momentos efêmeros de abstração. Porém, teus repousos aleatórios na morada de Libra (onde está posicionado para ti Plutão) foram o que te trouxe maiores momentos de equilíbrio. Aliás, a morada de Libra é definitivamente onde podes recorrer sempre para o reestabelecimento de teu equilíbrio.

Estar dentro da era de Peixes para ti foi um grande ponto de apoio. Peixes é o signo que atualmente te traz as maiores alegrias, e te mantem ainda motivado a seguir em frente. Mas fato é que durante muitos anos te agarraste antecipadamente a era de Aquário, e esperou por todo esse tempo que Aquário viesse sanar tua sede. A verdade é que para ti, Aquário foi um grande banho de água fria.

Baseado em ambas as afirmações, o melhor que fazes é apegar-te fortemente a era de Peixes.

Conflitos profissionais te desmotivaram constantemente durante o ano. Porém, essas mesmas questões profissionais mantiveram tua cabeça numa linha reta e ascendente. O melhor que fazes é investir em tua carreira com serenidade, mas sem esquecer tua ânsia natural de fazer sempre o melhor, defendendo sabiamente teus pontos de vista. Procure voltar a ensinar, já que esta é uma área em que tens grande afinidade e talento.

Para este novo ano, o melhor que podes fazer Sagitariano, é dedicar teu tempo a exploração e conquista dos novos espaços que vens percorrendo, valorizar fortemente as novas amizades que se configuram em tua vida, procurar manter em constância o equilíbrio de Libra em ti, e se apegar em laços harmoniosos com Áries.

Deixe de inflar teu ego com nuvens de chuva. Ao invés disso, ame o vento e caminhe com as tempestades. Nunca deixe de lado a intensidade de tua alma (sem dúvida tua principal característica), e mantenha esse fogo de teu signo sempre ardente. Um Sagitariano nunca pensa pequeno, e tu tens um impeto que pode levar-te longe. Teu maior desafio agora é desapegar-te de teu passado a caminhar em frente.

Coloque tuas idéias em boa ordem, e lembre-se sempre: com arco e flexa empunhada, conter tua cavalgada é, para o mundo, mais difícil que controlar o vento!

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quinta-feira, outubro 01, 2009

Solve et Coagula

Por consequência de um simples ato impensado,
ofusquei o brilho dos seus olhos, com descaso.
Alivia-me ver qu’inda evola-se esperança do teu riso,
e sei que aguarda-me a dor e o siso, no corpo e no espírito.

Mas, por todos os poemas que em vida hei de cantar,
vem esta canção, por compaixão de mim, o teu perdão buscar.
Pois em meus devaneios, apenas aguardo nesse lençol,
nos teus olhos novamente ver mil sonhos e sol.

domingo, setembro 06, 2009

Morte Súbita

O verbo que outr’ora fez-me subir as alturas,
Hoje me converte na mais vil das criaturas.
O dom da fala que minha língua tanto explora,
É agora uma palavra ritmada e morta.
Os versos que cantavam o Amor e a Vida,
Não passa agora de uma letra corrompida.
Agora minh’alma de meu corpo foge,
Estando eu a escrever versos como quem morre!
Apenas aquela a quem feri de morte devido a má conduta,
É que pode salvar-me desta morte súbita.

(escrito em algum lugar de 2008)

terça-feira, abril 28, 2009

Nascente

Fatos incertos, incorretos.
Afagos de luz escorrem em seus lábios.
Fugaz pensamento gravitando em versos.
Vagos intelectos tolos em consenso.

Fatos incertos, indiretos,
Refletem tortuosos em seus olhos...
O obscuro, o inconciente, a nascente...
Dois universos paralelos... tão incertos.

Não chores pelo incerto...
Não fujas do que sentes.

Fatos incertos, incompletos.
Fantasmas como flores em seus sonhos.
O que eu sinto, eu não sinto... me desfaço...
Ao acaso rogo tudo que eu desejo.

Fatos incertos, inquietos...
Meros egos tortos e fora de foco.
Um mecanismo inconciente e negligente.
Sua presença me transcende... despresível.

A face que renego, é seu lado intransigente...
Me digas o que eu quero, e não me vem a mente...

Não chores pelo incerto...
Me digas o que sentes.

(Eduardo Santos... + ou - em 2001)

sábado, janeiro 17, 2009

Inebriante

Não tens os olhos mais belos que já vi,
nem tens o sorriso mais doce que pude apreciar...

Porém, estranhamente,
a combinação de teu olhar com o teu sorriso
vem a ser a paisagem mais inebriante
e mais estarrecedora
ao qual já pude vislumbrar,

capaz de me manter em devaneios por horas...

e me fazer perder os sentidos por séculos.

Purificação

Preciso me purificar nos gostos ásperos e amargos
Nas fontes de águas gélidas que contraem os músculos
e despertam a alma
Na verde extensão de mata úmida
que representa o imaculado corpo...
Preciso me purificar é na noite
que transpassa em minhas entranhas...
e que me mantém lúcido...lúdico...poeta!

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Dois corações

A cada vez que partires,
Para um ponto que te leve
Daqui pra lá,
Sinta o tempo pulsar.
E no pulsar do tempo, com um pouco de esforço,
Poderás sentir tantas maravilhas,
Tanto caos, tanto pó, tanta calma.
E por mais que esse tempo abrigue
A fome, a discórdia, o medo,
Nesse mesmo tempo pulsa,
Ai e cá, fortes e impetuosos,
Dois corações, duas almas,
Dois órgãos que pulsam
Física e etereamente,
Num sincronismo inexorável.
E esmiuçando esse pulsar de cá,
Sinto-o tempestuoso,
E isso cresce quando afasta-te,
E tentar conter essa ânsia de ti
É mais difícil que controlar o vento.
O tempo pulsa,
E no pulsar do tempo,
Sinto que nosso fervor
Atrai nossos corpos mais que qualquer imã,
Em sangue, suor e palavras,
Em pele, orgasmo e poesia,
E ecoa nosso desejo ao mundo,
E eleva nosso Amor as estrelas.
Cada pulsar deste tempo,
Cada soluço deste tempo que pulsa,
Cada dedo que conta esse tempo
É uma interminável espera.
A razão do tempo é a espera!
Pois quando estas aqui,
Já não há mais tempo,
Somente luz e música.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Suburbano...


Mais um por do sol no oeste
vem finalizando essa rotina crua,
onde atores com roteiros suburbanos
vêm repetindo a mesma cena há dias.


E quando as cortinas de fumaça se abaixam,
já não dá pra ver de onde você vem.
As luzes te atraem mais do que um simples sonho.


E quando os pneus dos carros
vêm convertendo as horas em atrasos,
você vem lentamente anoitecendo,
e agora as horas eu já nem percebo.


E pelos quarteirões, mendigos quase que ensaiados
tremem com o frio que vem de você...
seus olhos já não brilham mais nessa meia-luz cinza!


Um vento sujo corre em minhas veias.
Meu sangue escorre pelas avenidas,
em corações cobertos de poeira.
E minha epiderme cada vez mais cinza,
como seus olhos nesse dia frio.
E o sangue frio dessa gente fria,
torna a cidade um caos pra se viver...


muito cinza pra te ver...


suburbano pra te amar...